O filho duma égua é uma bactéria existente em nossa sociedade. Assim como acontece no corpo humano, as bactérias ficam quietas no canto delas convivendo pacificamente (?) com outras células, até que algo faz com que elas se descontrolem e provoquem as mais diversas doenças.
Na sociedade, muitos filhos duma égua são inofensivos, até que resolvem impor seu egoísmo. Acreditam que o que é certo pra eles é o que importa - se os outros vão se incomodar, não interessa.
O trânsito é cheio de filhos duma égua. Outro dia, ao sair do trabalho à noite, fui seguido por um carro com aqueles detestáveis faróis de xenon. Que ódio! Não conseguia enxergar nada através do retrovisor traseiro. Tentei dar passagem, mas o filho duma égua fez juz ao nome e insistiu em ficar atrás de mim...
Para ele, não há problema algum em se exibir com a luz exagerada. Acredita piamente que não está fazendo mal a ninguém (nem em quem vem em sentido contrário e fica momentaneamente cego por conta do farol. São segundos que podem fazer a diferença no caso de um acidente).
Assim como o filho duma égua que anda com som ligado a todo vapor. Ninguém precisa provar cientificamente que, quanto mais alto, pior a qualidade do som - e são sempre aqueles forrós ou aquela outra música de sub-raça, o funk. Neste caso é o supra-sumo do egoísmo - o cara gosta da música e os outros que se danem.
O trânsito é um dos melhores postos de observação destas bactérias da sociedade, que são os filhos duma égua. Há os que dirigem devagar no meio de duas faixas achando que só eles estão dirigindo; há os que praticamente param o carro ao fazer uma curva, o que pode provocar acidentes; há alguns motoristas de ônibus, que não se sabe se são filhos de uma égua, de uma jumenta ou de uma vaca ao jogarem seus veículos sobre os outros carros de forma que beira a crueldade.
Enfim, há bactérias para todos os gostos. Qualquer dia falarei de outra área.
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