Até 2007 eu apenas ouvia falar dessa criatura e me limitava a isso. A partir daí, passei a saber quem era, mas não por causa de sua música, mas sim devido aos seus escândalos. Um dos blogs que acesso (www.papelpop.com) era praticamente especializado em postar fotos comprometedoras e muito pouco dignas da moça, toda bêbada, drogada, espancada, cagada e mijada.
Um belo dia, cansei de ver tantas fotos ridículas e sem um pingo de dignidade (a moça apanhava e batia no marido e as brigas do casal iam parar na delegacia e na imprensa) e perguntei a uma amiga que tipo de música essa criatura fazia para estar em tanta evidência.
Ao ouvir "Rehab", mal pude acreditar. Aquela voz não era de nosso tempo. Dignidade, vergonha, respeito, amor próprio e outros predicados não podiam combinar com uma voz daquelas. Não cheguei a me tornar um fã (Rehab é a única música dela que gosto) mas passei a levar em alta conta aquela voz, que definitivamente errou o alvo quando encarnou aqui na terra.
O desenrolar da carreira desta jovem coalhada de fatos lamentáveis mostram que o sucesso, tão buscado e almejado por muitos (com talento ou não) pode ser a ruína e destruição para quem não tem estrutura moral para suportá-lo. O sucesso trouxe péssimas companhias, um marido escroto, muitas drogas e bebidas. Amy era uma moça bonita no começo de sua carreira. Tornou-se uma mulher destruída a olhos vistos e aparentemente não se importava em expor sua degeneração ao vivo e diariamente, apesar das tentativas de se desintoxicar (as internações partiram dela? ou da família preocupada com sua saúde? ou dos empresários com medo da galinha de ovos de ouro acabar?)
Que sirva de lição àquelas pessoas que aspiram à celebridade. Amy pelo menos tinha um talento incrível. E quem não tem e deseja se manter nos holofotes a qualquer custo? Vê se agora consegue descansar, Amy. E que a próxima criatura abençoada com sua voz consiga fazer melhor proveito dela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário