Ao contrário de 2006 - a pior eleição de todos os tempos - a do ano que vem promete.
Como aqui não é a Folha de São Paulo nem o Diário do Nordeste, posso ter a opinião que eu quiser. É o que farei. Me deu na telha e vou comentar o que acho e o que não acho de cada um dos nossos pretensos candidatos ao ano que vem - em todos os níveis.
Logicamente tenho que começar pelo único que não será (mesmo?) candidato no ano que vem: nosso atual presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Lula é um obstinado. Somente na quarta tentativa conseguiu chegar à presidência. Lembram-se do status de superstar em 2003? Carregava todas as esperanças de mudança.
Nesse ponto, Lula decepcionou. Não estou dizendo que ele foi um presidente ruim (tenho medo dos luletes xiitas - uma nova raça insuportável que está habitando nosso país). Mas Lula foi eleito prometendo desfazer e revirar tudo que FHC tinha feito - pelo contrário, o primeiro mandato de Lula na verdade foi o terceiro de FHC, segundo línguas malvadas...
O que importa é que no fim deu tudo certo. Apesar da política econômica ser a mesma de FHC, apesar do mensalão, apesar da queda da bastilha do PT - que virou um partido igual a todos os outros, podemos dizer que Lula fez um bom governo - o próprio já diz que foi o melhor de todos os 500 anos de nossa história. Exagerado, né?
Ao contrário de seu antecessor, o dedo de Lula é mágico. Ele sabe que elege quem quiser - a velha teoria do poste. E o poste escolhido é um senhor poste (grande e pesado): Dilma Rousseff. Falaremos da mulher futuramente. Não me atirem pedras. Ainda.
Lula sabe também que poderia dar um golpe branco a qualquer momento, mudando a constituição para aceitar a re-reeleição. A velha tentação dourada do terceiro mandato é reforçada por pesquisas que colocam 60% do eleitorado a favor da continuação do governo Lula.
Aparentemente o canto da sereia não conseguiu contaminar nosso presidente, que justamente para se diferenciar (para melhor?) de seu antecessor FHC, não vai estuprar a constituição. Diz que em 1º de janeiro de 2011 vai voltar para São Bernardo do Campo. A lógica do barbudo é diabolicamente simples: Dilma possui fidelidade canina a ele e guardará o lugar para que ele volte em 2014 - se reelegendo em 2018. Na prática, teremos 20 anos de governo Lula - supondo que ele deixe o governo em 2022...
Resumindo: a não ser que exploda uma bomba atômica política, nosso próximo presidente será quem Lula quiser. Ele pode. E que Deus nos ajude!
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